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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Os últimos 800 km

No sábado, dia 3 saímos de Colon por volta das 11:00 h da manhã, a cidade estava cheia, e fomos felizes fazer a aduana para sair da Argentina e entrar no Uruguai. Perdemos 2:30 hs para conseguir entrar no Uruguai, foi terrível, o sol escaldante 37º C de temperatura, mas tem o lado bom encontramos na fila também voltando do Ushuaia, o Serra e a Manja, ele segue este blog e eu sigo o blog dele, mas não nos conhecíamos pessoalmente.

Olha a turma reunida na aduana

Foi muito legal, não fosse pelo calor, nem teríamos visto o tempo passar. Depois entramos na estrada a caminho de Tacuarembó, que tem trechos bem ruins, por conta de caminhões que levam madeira para uma industria em Frei Bentos, uma cidade mais ao sul de Paisandú.

Chegamos em Santana do Livramento por volta das 19:00 h, formalizamos a saída do Uruguai e fomos direto à casa do Otavio e da Eleonora, precisávamos entregar um presentinho que compramos em Piedra del Aquila, Rio Negro, Argentina. O reencontro foi uma festa, depois de tomar banho, e colocarmos roupas limpas (hehe) fomos jantar em Rivera. Durante o jantar o Otávio disse que domingo teríamos que comer um churrasco para depois irmos embora, e assim foi, só que depois do churrasco, mais algumas cervejas, não deu outra, a Helenilka aproveitou para dormir um pouco e eu cai na piscina. Resultado acabamos ficando por lá e só saímos na segunda feira de manhã.

Eu, a Helenilka, a Eleonora e o Otávio, o churrasco estava delicioso.

Antes que eu me esqueça quero agradecer a agradável acolhida que o Otávio e a Eleonora nos ofereceram, eles sabem receber muito bem.

Na segunda feira tocamos direto para Porto Alegre, 500 km de boas estradas. Fugimos da chuva o dia todo, no trevo de Cachoeira do Sul, paramos num posto, e 5 minutos depois passou uma chuva forte. Quando estávamos em Butiá, fecharam a estrada para obras e a chuva estava nos alcançando quando liberaram, tomamos uns pingos grossos, mas aceleramos e escapamos, foi muito engraçado, a chuva nos perseguia mas não nos pegava, chegamos secos e em segurança ao hotel. Tiramos algumas fotos bem próximos a ponte do Rio Guaíba, para registrar a chegada e fomos descansar.

Olha a felicidade da Helenilka, rodou mais de 12.000 km e chegou ao destino sã e salva. 

Meus amigos, é com tristeza que encerro esta viagem, já estou com saudade. Daqui uns dias já estarei na estrada de novo voltando para San Carlos de Bariloche, onde ficarei por três meses para estudar espanhol, só que desta vez irei só, a Helenilka volta para Brasília, suas férias estão acabando, e eu entro em licença capacitação. Para começar a estudar rodo quase 3.000 km, yesss! 

Abraços a todos, nos vemos pelas estradas . . . 


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Cruzando a Argentina de Villa La Angostura até Colon

Saímos do hostel por volta das 13h, mas no final das contas só entramos na estrada às 16h. Acontece que pegamos o caminho para San Martin de Los Andes, depois de uns 15 km o asfalto sumiu, virou apenas meia pista só de rípio, não sabíamos se melhoraria ou se ficaria pior, perguntamos a um caminhoneiro por quanto tempo a estrada ficaria daquele jeito, ele falou que depois de 5 km ela iria piorar, resolvemos dar meia volta, pois a Negra Lee não estava preparada para tanta emoção. Já no trevo de Bariloche observamos que a próxima cidade estava a 200km, ou seja, tínhamos que voltar a Bariloche para abastecer. Às 15h havíamos rodado 100km e estávamos de volta a Bariloche! Depois de comer e abastecer as motos saímos de lá por volta da 16h. O dia estava ótimo para viajar, temperatura agradável, pouco vento e até as cinzas deram uma trégua, às 23h chegamos a General Roca.

No dia seguinte saímos antes do meio-dia, coisa rara, o dia estava quente, mas a estrada estava boa e com pouco movimento, além de ser uma reta imensa, com curvas quase imperceptíveis, houve um trecho com 42 km de reta, um tédio. Tinham nos alertado para uma possível falta de combustível no caminho, como não encontramos galões para comprar (os nossos ficaram em Bariloche) um simpático senhor nos emprestou um. Conseguimos chegar às 21h ao destino do dia, Tranque Lauquen, uma agradável surpresa no meio do pampa argentino, achamos hotel, jantamos e fomos dormir cedo.

Hoje entramos na estrada por volta das 11h acompanhados por um casal que seguia rumo a Buenos Aires, o Sebastian, argentino, e sua namorada americana, com quem viajamos por cerca de 250 km. Quase ficamos sem combustível, mas não por falta de gasolina nos postos, e sim porque nossos cartões de débito e os pesos argentinos acabaram, restou-nos o cartão de crédito, que não é aceito em vários estabelecimentos. Ao longo do dia e à medida que nos aproximávamos de Buenos Aires, o movimento aumentava e a estrada piorava, havia calombos e buracos no asfalto, tomamos vários sustos com carros ultrapassando e simplesmente nos ignorando, e não havia acostamento, o jeito era se espremer no cantinho da pista. Como estávamos com folga resolvemos esticar até Colón, o problema é que a cidade fica às margens do Rio Uruguai, estamos no verão, hoje é sexta-feira, enfim, hotéis lotados! Cansados e a fim de parar achamos um hotel onde havia um quarto, resumindo, pagamos a diária mais cara de toda a viagem, mas estamos aqui com muito comforto e luxo, hehe.

Bem, por hora é só, sim as fotos ainda tem que serem organizadas, por isso não as colocamos ainda. 

Fui!!

De 27 a 31 de janeiro, a Região dos Lagos

Na sexta feira 27 de janeiro, acordamos tomamos café no restaurante do camping e saímos para passear um pouco e encontrar um mecânico para consertar a suspensão da moto da Helenilka, acho que o rípio castigou a suspensão dianteira e os retentores não resistiram. Encontramos com facilidade quem fizesse o serviço, um pouco caro é verdade, mas pelo menos resolvemos o problema. Depois fomos localizar a casa do Mariano Flores, um amigo da outra viagem ao Ushuaia, rodamos muito, mas encontramos. De início ele não me reconheceu, estou de cabelo cortado e outra moto, rsrs. Conversamos por umas duas horas e depois partimos para Neuquem, era a vez de arrumarmos a Wanda, tinha que fazer a revisão de 10.000 km na autorizada. Cruzamos as cinzas do vulcão, que ainda fazem um estrago enorme na paisagem, e quando caiu a noite faltavam 180 km para chegar. Na chegada, pegamos uma auto pista que contorna Neuquem, víamos a cidade mas nunca chegava, e o pior, do nada acabou o asfalto, eu estava a 120 km/h, grudei nos freio e o ABS respondeu com firmeza, paramos antes do fim do asfalto, olhamos e tinha um trecho de 2 km, cruzando por uma área industrial, para então chegarmos ao acesso do outro lado da cidade, oposto de onde vínhamos. Andamos um pouco, achamos um hotel com preço razoável e fomos dormir.

Região dos lagos, a caminho de Neuquem, parece neblina, mas são as cinzas do vulcão chileno. 

No sábado dia 28, acorda, toma café, e corre para a revenda, tinha marcado a revisão para 9:30h, chegamos às 9h, deu tudo certo e às 12:30h estávamos na estrada voltando para Bariloche. Durante a viagem de retorno, pegamos bastante vento e a temperatura caiu muito. Chegamos a Bariloche, por volta das 19:30h e fomos direto buscar a Negra Lee, agora com retentores novos e de óleo trocado, graças à gentileza do mecânico que foi até a oficina para nos entregar a moto. Nossa idéia era partir no Domingo rumo ao Chile, mas quando chegamos ao Camping começou a chover, a noite foi cruel, frio e chuva à vontade.

No domingo 29, em meio a muita chuva, mudamos da barraca para o hostel, dentro do camping, e passamos o dia limpando barraca, guardando as coisas e planejando a saída para segunda feira. O hostel era agradavelmente acolhedor e providenciamos uma janta saborosa, fomos a um supermercado próximo, compramos o que era preciso, Helenilka tomou vinho e eu uma bebida típica dos argentinos, Fernet com Coca-cola. Depois de jantar, fui a casa do Mariano para combinar com ele que deixaria lá um saco com barraca, colchão inflável e outras coisas, a fim de aliviar o peso da moto, uma vez que em breve voltarei para lá.

Na segunda feira 30 com muita chuva, mas previsão de melhora do tempo no fim da tarde, carregamos as bichinhas, passamos na casa do Mariano, largamos o tal saco, e partimos na chuva. A temperatura foi baixando e a chuva aumentando, resumo, paramos em Villa La Angostura quase congelados, a temperatura caiu para 5°C, ensopados, botas, luvas, roupas à prova d´água, alforges, nada aguentou a chuva, e resolvemos suspender a ida ao Chile. Afinal, a viagem deve nos proporcionar prazer e não sofrimento. O dono do hostel em que ficamos nos disse: Na Patagônia, há que se ter paciência. Definitivamente esta é uma verdade, se saindo do Ushuaia tivemos que parar por causa do vento, dessa vez foi a chuva e o frio que nos detiveram, é preciso saber o momento de parar. Mais tarde soubemos que em alguns trechos da Ruta o trânsito foi interrompido pois havia deslizamentos e queda de árvores por causa da tempestade.




Na terça-feira 31, descansamos muito num agradável Hostel, Helenilka já havia feito uma janta no dia anterior e por isso tínhamos almoço e com alguns complementos outra janta. Organizei um pouco as fotos, repassei os videos que estamos fazendo, conversei muito com o pessoal que estava por lá, argentinos e alemães. A Helenilka depois de dormir por 3 horas durante a tarde saiu para passear na linda cidadezinha. Enquanto isso nossas roupas de viagem secavam ao vento, pois a chuva havia parado, ou próximas a uma linda lareira que aquecia toda sala comum do hostel. O dia foi recompensador frente as agruras do dia anterior. Resolvemos, depois de ver a previsão do tempo para o Chile e Mendonza que definitivamente não iriamos mais para aquelas bandas, e que no dia seguinte sairíamos com destino a Porto Alegre.

Para não alongar mais o post já tão extenso, continuamos na sequência a contar os acontecimentos.

Abraços!