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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Viagem a Ponta Porã - O retorno II


14 de novembro – segunda-feira  

O dia de chegar em casa

Esqueci de contar, mas na ida, o caminho indicado pelo Google era composto de boas estradas e 65 kms de chão batido, o que me fez dar uma volta de mais de 100 kms. Mas na volta peguei a informação certa e depois de arrumar a Roseli, gastando incríveis parcos R$ 5,00, isso mesmo, cinco reais, o Gil é um mecânico de primeira e grande parceiro da estrada. Ah como eu gostaria que o pessoal de Brasília fosse assim também, aquele bando de mercenários, exploradores. Voltando a estrada, pude andar sem preocupação com as bolsas, agora elas estavam fixas e se não fosse um ventão, que me fez lembrar da Patagonia eu teria chegado mais cedo em casa.
Quando estava a 35 km do Plano Piloto, liguei para o André e a Verbena (amigos do Rupio Negro que moram em São Paulo), havíamos combinado de jantar juntos, mas soube que eles estavam num sítio na saída para Cristalina e então combinamos de almoçar juntos na terça e toquei pra casa. O dia foi legal, eu fiz 740 kms em 9 horas de viagem, pouca chuva e muita diversão. A única grande tristeza, foi ter molhado a máquina fotográfica e não ter uma foto para mostrar pra vocês, mas vou concertá-la e na próxima viagem vou cuidar melhor dela, rsrs.
Bem gente, foi isso, foram 2.950 kms em 4 dias de estrada e muita diversão, novas amizades, além de selar a paz com a Roseli, afinal ela não queimou o estator nem o retificador e pude me divertir sem ter que perder dias concertando-a.


Abraços e até a próxima.

Viagem a Ponta Porã - O retorno


13 de novembro – domingo

É dia de voltar à estrada e curtir a Roseli

Acordei por volta das seis e meia da manhã, o Celso estava pronto para partir, me despedi dele, e comecei a juntar minhas coisas, colocar as bolsas na Roseli, separar a roupa suja, guardar o que ainda estava limpo, desarmar a barraca, limpá-la e dobrá-la para guardar, ufa quanta coisa, rsrs. Feito tudo isto fui tomar um banho, tomei um leite com chocolate, com um pão e às 8:30 h estava saindo para a estrada. Dei uma passada no parque de exposição onde acontecia o encontro, dei uma última olhada em tudo e pé na tábua, antes das nove estava rodando a quase 150 km/h, yeeesss!
Bem parece tudo muito perfeito, e como eu disse que não tem viagem sem um imprevisto, aquilo que eu não queria aceitar, atrapalhou minha viagem o dia todo. O que foi? Da para acreditar, a rosca da porca do parafuso que prende o banco traseiro espanou, com a velocidade o vento empurrava as bolsas para trás, quase caindo da moto. Castigo, andei o domingo todo numa velocidade menor, não passando de 110, no máximo, uma vez ou outra a 120 km/h.  Com isso o dia foi relativamente tranqüilo, sem muita emoção é verdade, mas tranqüilo, e devido a baixa velocidade atrasei meu roteiro em 100 kms, chegando até Chapadão do Sul, em vez de Cassilândia, o destino do dia.
Mas como para todo imprevisto, existe uma solução impensada, quando parei no posto para abastecer e depois procurar um hotel, encontrei uma turma que havia passado por mim na estrada, vindos de Ponta Porã, e no meio deles um dono de oficina mecânica de motos, oba! Combinamos para segunda de manhã, consertar a Roseli e então fui lanchar na praça e depois para o hotel, dormir com a certeza de que amanhã seria um dia melhor. 

Viagem a Ponta Porã/MS - 9º Motorcycle 3º dia


12 de novembro sábado

Dia das compras em Pedro Juan Cabalero/PY

Acordei cedo, não dormi direito, o piso estava muito frio rsrs, fui a pé até o centro da cidade, tomei café na padaria e voltei. Nada como uma caminhada para conhecer uma cidade e seus habitantes. Depois fomos ao Shopping China para fazer compras, os preços estavam ótimos, o câmbio a R$ 1,85 por Dolar. Quando saímos do shopping, o tempo fechou e começou a pingar, corremos pra casa para guardar as compras. Quando chegamos a chuva desabou, e continuou pela tarde a fora. Ficamos por ali, tomando uma cervejinha e conversando sobre motos, estrada e lugares interessantes, além de nossas viagens.
Quando começou a anoitecer resolvemos fazer um churrasco, e saímos na chuva para comprar carne, carvão, mais cerveja e saladas. A festa foi boa, boa carne, saladas deliciosas, muita cerveja e boa prosa. Pra surpresa de todos o Diego resolveu viajar à noite e por volta das 10 horas da noite ele partiu. Eu fiquei por ali, o Airton e o Wagner resolveram ir para o Encontro, o Celso disse que ia dormir pois ia sair cedo no domingo. O outro pessoal que estava por lá, amigos do dono da casa, também foram para o encontro, acabei sozinho, então, hehe, fui dormir, para no domingo acordar cedo, juntar tudo e cair na estrada, voltando pra casa. 

Viagem a Ponta Porã/MS - 9º Motorcycle 2º dia


11 de novembro – sexta-feira

Problemas com o percurso

Como havia rodado relativamente pouco, primeiro por causa da chuva, depois por causa do anel viário de Goiânia, que é cheio de giratórias e preferências, além de saídas que você não sabe qual pegar, e ainda por cima a obra de duplicação da BR 060 na saída de Goiânia atrasaram bastante o trecho, então hoje precisaria rodar muito, por conta disto acordei cedo e por volta das 7:30h já estava na estrada. Fui até Jataí, abasteci e fiquei sabendo que para chegar em Chapadão do Céu teria que passar por 65 km de chão batido, então perguntei qual era a alternativa, e me disseram que era Cassilândia, acabei fazendo uma volta que me custou mais 100 km no percurso, não tinha outra alternativa. Segundo meu avô,  o que não tem remédio, remediado está, abasteci e fui para Cassilândia.
De Cassilândia para Chapadão do Sul, dela para Camapuã, Campo Grande, Dourados e então Ponta Porã. Às 21:30h estava entrando no parque de exposição onde acontecia o encontro. Sentia-me muito bem, pois apesar de estar me recuperando de uma dengue (das mais fracas, é bem verdade), ter molhado a máquina fotográfica, e aumentado a distância prevista inicialmente, eu consegui chegar conforme o previsto no 9º Motorcycle, e agora eu só queria comer alguma coisa e me divertir, e foi o que fiz.  Por volta da meia-noite encontrei o Diego e a turma toda, eles haviam chegado mais cedo e estavam na cidade, onde já haviam alugado uma casa, e depois de andar mais um pouco pelo parque, fomo para cidade ver o movimento que estava ensandecido e mais tarde fomos para casa. Chegando lá montei minha barraca na área dos fundos. Estava numa área coberta e protegida, muito bom, só que o piso era de cerâmica, que além de duro é frio, mas tudo bem, dei um jeito e dormi um pouco. 

Viagem a Ponta Porã/MS - 9º Motorcycle


10 de novembro – quinta-feira

Lavando a máquina fotográfica

Conforme combinado, fui à casa do Cidão para pegar os alforges. Já em casa, quando terminei de instalar e carregar, passava do meio dia, então comi alguma coisa e por volta das 13:30h entrei na estrada, todo equipado, com máquina fotográfica no bolso, preparado para registrar todas as belezas e curiosidades do passeio.
Depois de Anápolis, e próximo a Goiânia peguei a maior chuva da minha vida, eu nunca havia parado na beira da estrada por causa de uma chuva, mas desta vez eu preferi ficar parado no acostamento tomando chuva, do que andar pois a visibilidade chegou bem próximo de zero, a única coisa que via era uma massa cinza, na frente da viseira embaçada do capacete, enfim não via nada (rsrs). Após uns 5 minutos a chuva foi abrandando e então voltei a rodar, mais uns 4 kms e eu parei no sol, céu aberto e tudo mais, muito doido. Parei e pensei vou tirar uma foto do temporal, que ainda dava para se ver, logo ali atrás. Quando enfiei a mão no bolso para pegar a máquina, ela só faltava estar boiando, estava cheio de água, NÃÃÃO! Lá se foi a máquina fotográfica, saiu muita água de dentro dela, e claro que nem ligou. Enfim isso só acontece com quem anda, se eu estivesse em casa quietinho não teria acontecido, mas também não estaria me divertindo andando de moto. O resto do dia transcorreu tranqüilo, com medo de pegar chuva à noite, parei cedo e dormi em Rio Verde/GO. 

domingo, 6 de novembro de 2011

O passeio de Novembro

Ta chegando a hora de voltar à estrada.

Dessa vez vou até Ponta Porã/MS, onde vai acontecer o 9º Motorcycle de 11 a 13 de novembro. São 1.365km saindo de Brasília/DF, espero que as estradas estejam boas, ouvi dizer que de Campo Grande para frente tem muitas retas, chegando a ser monótono. Isso não importa, o que vale é que estarei na estrada me divertindo, e fazendo o que mais gosto, andar de moto.

A ideia é sair quinta-feira dia 10, o mais cedo possível, e se não estiver muito cansado vou até Campo Grande, deixando o restante para fazer na sexta-feira. Quero ver se chego até às 14:00h, para dar tempo de montar a barraca num local bem agradável, de preferência em área coberta ou numa boa sombra, senão pela manhã, quando o sol bater sou obrigado a pular fora ou dormir morrendo de calor (rsrs).

Ainda não sei se levarei minha filmadora nova, uma Go-Pro, mas a máquina fotográfica com certeza vai comigo, espero registrar todos os bons momentos, e depois mostrá-los por aqui. Já procurei parceiros para ir junto, mas acho que vou só mesmo, nunca dá certo pros meus amigos, eles não conseguem sair em dias úteis para a estrada. Tudo bem, eu vou assim mesmo.

Ainda não consegui vender a Roseli, então ela será minha parceira nesta viagem, vou colocar um pneu semi-novo na traseira (tem apenas 6000km rodados), isso me dá mais segurança, e vou trocar as pastilhas traseiras, afinal depois de substituí-las em Antofagasta/CH chegou a hora de trocá-las de novo. O problema de elétrica, foi resolvido, substituí  estator e retificador, e coloquei o retificador na frente da bateria, o que melhora sua refrigeração, evitando que ele queime ou danifique o estator. Resta uma dúvida, como retirei os baús da Roseli, não sei exatamente onde prender a barraca. Quanto as bolsas laterais o Cidão vai me emprestar, o que resolve meu problema de acomodação da carga.

Tudo checado, agora é esperar o dia 10, e rezar para os imprevistos serem pequenos (rsrs), eles sempre existem, não conheço quem planejou uma viagem nos mínimos detalhes e não teve que encarar os imprevistos. Por outro lado, a coisa ser muito certinha, tira um pouco da emoção/graça.

Então, é isso aí, quem quiser está convidado para ir junto, ou acompanhar o passeio por aqui.
Abraços, e até o próximo post!