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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A meio caminho do fim do mundo

Embora estejamos viajando desde sábado, hoje é o primeiro dia que estamos num hotel onde a internet funciona e apesar de ser 2h50min, hora local, no Brasil é 3h50min, quero contar o montão de coisas boas e nem tão boas que aconteceram até aqui.

Saímos no sábado (07/01) de casa, conforme previsto, mas com atraso, era muita coisa para arrumar então entramos na estrada já passava das onze horas, e abaixo de chuva. Foi chuva até perto de Cristalina/GO, pegamos mais algumas pancadas pelo caminho, até chegar em Ribeirão Preto/SP, onde parecia que o céu ia desabar, refugiamo-nos num posto e conhecemos o Ricardo, que viajava numa V Rod Muscle, e sua esposa Alessandra, que o acompanhava de carro. Jantamos juntos, trocamos emails, e como a chuva havia parado voltamos à estrada. Helenilka estava cansada e então paramos em Porto Ferreira/SP para dormir. Estávamos 120km atrasados em relação ao previsto.

No domingo acordamos cedo e depois do café da manhã, arrumamos as gordas, lubrificamos as correntes, calibramos os pneus e antes das 9h já estávamos na estrada. Céu aberto, pensamos que não teria chuva, mas próximo a Registro começou o aguaceiro, seguimos até Canto Grande, Bombinhas/SC num chove e pára pelo resto do dia e noite adentro. Jantamos com o Diego, a Lígia e um casal de amigos, o Caco e a Juju. O Caco, dono da casa, fez um ótimo churrasco. Lá pelas duas da manhã fomos dormir lastimando não ter publicado as novidades por aqui.

Como fomos dormir tarde, acordamos na segunda feira por volta das 9h, passamos o resto da manhã carregando as motos e antes de sairmos fomos à praia rapidamente. Entramos na estrada por volta da uma da tarde, pegamos um pouco de chuva, mais ou menos uns 150km. No início da noite chegamos à casa das minhas filhas em Imbé/RS. O Vinícius, meu netinho mais velho, pediu que eu fizesse um churrasco, eu atendi e fomos dormir já passava das 2 horas da madrugada.

Na terça saímos para Porto Alegre, com o compromisso de visitarmos o Tio Luiz, ver meu pai, consertar um pequeno vazamento de óleo da Negra Lee (GS 500) na concessíonária Starmax, para antes do fim do dia rodarmos pelo menos uns 300km. Não deu certo, meu pai está hospitalizado e o horário de visitas é das 19h30min às 20h. Resumo da ópera, ficamos em Porto Alegre/RS, e saímos para Tacuarembó/RU ontem pela manhã. Como o calor estava intenso, à noite, não dormimos bem e acabamos saindo tarde para viajar, o que fez com que chegássemos apenas a Santana do Livramento, no trajeto a temperatura estava acima de 38°C. Chegando lá fomos direto para a Aduana uruguaia para depois procurarmos hotel para ficar.  Quando estávamos andando de um hotel para outro aconteceu o fato mais surreal da viagem, pelo menos até agora. Enquanto eu estava na recepção de um hotel, Helenilka me aguardava, sentada na moto em frente à portaria. Foi quando passou um casal, que estava caminhando para se exercitar, e como já tinham visto as motos e a Helenilka na frente de outros hotéis, cogitaram entre eles a idéia de nos convidar para a casa deles.

Quando saio do hotel vejo Helenilka conversando com duas pessoas, toda alegre e sorridente, e me diz: "Eles nos convidaram para ficar na casa deles!". Ai eu penso, como assim? Será que ela conhece eles? Não estou entendendo nada. Então eles fazem o convite novamente, explicando que andam de moto, e que enquanto caminhavam para se exercitar, viram nossa dificuldade em conseguir um hotel e resolveram nos convidar para ficar na casa deles. De início fiquei receoso, mas curioso aceitei o convite. Eles disseram que a casa era humilde mas agradável. Tá certo, pagamos para ver. Gente, quando chegamos lá eu não acreditei, a casa é linda, ele foi logo abrido o portão da garagem e dizendo para entramos com as motos. Estacionamos nossas gordas do lado das dele, um scooter Suzuki Burgman 400 cc e uma Honda Fireblade.
Descemos das motos, eu ainda Cismado, mas eles logo trataram de nos deixar o mais à vontade possível, mostraram onde seria o nosso quarto e nós levamos nossas tralhas pra lá.

Depois do banho, o Otávio e a Eleonora prepararam um choripan (quem não sabe o que é, pesquise - rsrs) regado à cerveja bem gelada. A conversa, agradabilíssima, diga-se de passagem, estendeu-se até perto das duas horas da madrugada, mais uma vez o post tinha ficado para o outro dia. Bem, também não se consegue tudo que quer, tínhamos conhecido pessoas excepcionais, estávamos acomodados numa bela suíte, e seria demais querer interromper a conversa  para publicar no blog.


Abraços e beijos para vocês, Otávio e Eleonora, e tenham certeza que vocês nos proporcionaram momentos inesquecíveis, por sua simpatia, hospitalidade e simplicidade (Estaremos esperando vocês em Brasília/DF).

Depois de um delicioso café da manhã, carregamos as meninas e partimos perto do meio dia. Helenilka se perdeu de mim e eu tive que sair a rumo em Santana do Livramento para encontra-lá. Já na estrada, adivinhem!, chuva, mais chuva, até uns 50km após Tacuarembó, o bom foi que a temperatura caiu um pouco, seguimos firmes e a chuva acabou cedendo. Ficamos quase duas horas para passar na aduana saindo do Uruguai e entrando na Argentina. Com isso nosso roteiro que já estava atrasado, foi pro saco. Para tentar atenuar o problema, rodamos até às 2h da madrugada, e agora estou morto de cansado, mas ainda contando nossas aventuras.

Ao todo já rodamos mais de 3.400km, o que indica que estamos a meio caminho do Ushuaia. A chuva tem sido nossa companheira diária. As pessoas que conhecemos são muito legais  e as motos não apresentaram problemas. Embora o roteiro esteja atrasado, estamos felizes.

Abraços a todos, e até a próxima, garanto que não vai demorar tanto.

P.S.: Amanhã colocamos as fotos pois precisamos dormir, a Ruta nos espera.

2 comentários:

  1. Massa demais Paulão! Vai postando ai!
    Beijo pra Helenilka! Seu chefe e o chefe dele tao morrendo de saudades! kkkkk

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  2. De saudade ou de inveja, pois não têm coragem de fazer o que faço. kkkkkkkkkkkkkkk

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