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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Etapa Brasil


8 de abril de Pelotas até Eldorado do Sul

Olá pessoal!

A idéia hoje era ir até São Leopoldo, e como eram menos de 300 km sai da casa do Eliseu perto das 4 horas da tarde, não adiantaria eu chegar muito cedo pois não tem ninguém em casa, minha filha chega mais tarde. Haviamos marcado para as 20:00h, numa estação de metro próximo da casa dela.

 Eliseu e a Gladis, bons amigos da estrada.

Por volta das 18:30hs começa a chover, e quanto mais me aproximo de Porto Alegre, mais forte a chuva ficava. Às 20:00hs em ponto eu parei num posto de gasolina em Eldorado do Sul, uns 15 km de Porto Alegre. Não conseguia mais pilotar, eu não enxergava nada, de tanta chuva. Eu já havia tirado o óculos, e abri a viseira para tentar enxergar um pouquinho e andar a 30 ou40 km/h. Tava feio.

Nisso a Stefanny me liga, fiquei triste, mas disse a ela que não iria lhe visitar pois a chuva me impedia, ela entendeu e marcamos para almoçarmos juntos amanhã, próximo ao seu trabalho. Então pensei, o que fazer, não é tarde, iiisso,  o Verçoza, um amigo de muitos anos mora aqui em Eldorado do Sul, vou na casa dele.

Cheguei lá e foi a maior festa, tomamos caipirinhas de vodka e conversamos até tarde, a janta estava especial, o tempero da Nilva é muito bom.

Verçoza e a Nilva grandes amigos

9 de abril de Eldorado do Sul até Imbé

Hoje rodei pouco, foram só uns 150 km, mas antes de viajar encontrei a Stefanny para almoçar, chamamos o Tio Luiz (irmão da minha mãe) e ele veio com a esposa a Lidia. Almoçamos, conversamos bastante, rimos e nos divertimos muito, depois a Stefanny foi trabalhar e o Tio foi para casa. Eu peguei a Cristina e fui até o Colégio onde estudei o 2º grau, para tentar encontrar uma forma de localizar os colegas de turma. Falei com a vice-diretora que me orientou a solicitar formalmente por email, e me passou o endereço eletrônico. Sai animado, então antes de pegar a estrada passei na BMW e atendi um chamado de um recall que a marca está fazendo, depois abasteci e fui para para o Imbé.

Saudades daquele tempo! (cruzes que coisa de velho, rssss)

Quando cheguei foi aquela festa, o Vinicius, o Guilherme correram para me abraçar, a Valentina ficou com medo de mim, acho que foi por causa da barba, rsss.
Mais tarde, depois de conversar um pouco com a Virginia e o Eduardo, seu marido, resolvemos fazer um churrasco, afinal eu sou o ˜Vô do Churrasco˜, hahaha, é assim que meus netos me conhecem. Toda vez que vou lá faço um churrasco, esta vez não ficou muito bom, mas todos comeram e gostaram. Já fazia mais de ano que não faziam um churrasco, oh gauchada fraca, rsss.


10 de abril de Imbé até Curitiba

Como fiquei até tarde conversando com a Virginia, acordei tarde, e acabei saindo para a estrada, já passava das 11:00h.

BR 101 no Rio Grande do Sul

A BR101 está praticamente toda duplicada, o que favoreceu a viagem, só que depois de Itapema o movimento aumentou e eu tive a impressão de estar andando numa marginal de São Paulo. Quando passei Joinville já era noite, o movimento diminuiu e subi a serra para Curitiba tranquiliamente, encontrei um pouco de nevoeiro, e um pouco de garoa. Chegando a Curitiba liguei para o Diego, o celular só dava caixa postal, devia estar descarregado, típico do Diego pensei. Liguei para a Ligia, mas ela havia saído com o Diego e tinha deixado o celular em casa. Como já era um pouco tarde não restou alternativa a não ser ir para um hotel e descansar, foi o que fiz.

Vamos ver se amanhã tenho mais sorte e encontro meu amigo.



11 de abril em Curitiba

Acordei descansado, tomei café e quando ia sair o Diego ligou, depois de se desculpar marcamos para almoçar. Então fui até uma loja de roupas e equipamentos para motociclistas, a Motosprint, os caras são bons, vi umas botas muito boas e não muito caras, encontrei um luva como queria, mas só comprei mesmo um par de meias impermeáveis que o Eliseu e a Gladis haviam comentado comigo, depois fui encontrar o Diegão.

Durante o almoço ele me convenceu a ficar mais uma noite em Curitiba, agora na sua casa. Combinamos de ir até sua chácara, ele tinha que levar comida para os cachorros, mas antes ele tinha que passar no consultório e eu aproveitei para ir na concessionária BMW para ver a GS800 Adventure e quanto eles pagariam na Cristina para por na troca.

Foi a minha sorte, quando o avaliador chegou foi logo me mostrando que o pneu traseiro estava no aço, havia acabado. Então pensei como pode, eu rodei só uns 15.000 km e o pneu já acabou. Troquei o pneu e as pastilhas do freio traseiro, uma despesa não prevista, mas enfim, segurança é tudo. Depois fomos até a chácara, uns 60 km afastado da cidade.

Eita pneuzinho fraco este tal de Pirelli Scorpion, não rodou nem 15.000 km e já se acabou, rsss. 


As moças passeando na chácara do Diego

Já era noite quando voltamos e a Ligia nos esperava com um jantar maravilhoso, acho que queria se desculpar pelo dia anterior, eu gostei, rssss. Tomamos cerveja e conversamos até tarde. Combinamos que no dia seguinte Diego e a Gabriela (filha do casal) iriam me acompanhar pelo menos uns 150 km, afinal como diz o ditado “amigo de estrada se despedem na estrada”.

Fui dormir feliz, afinal revi meus amigos e troquei o sapatinho da Cristina, assim posso viajar o trecho que falta em segurança. 

12 de abril de Curitiba até São Paulo

Depois de um delicioso café da manhã, subimos nas motos e fomos para a estrada. Fomos juntos até perto da divisa de Estados, então Diegão e Gabi voltaram e eu segui, sozinho, como sempre.

O Diegão e a Gabi. 

Cheguei a Sampa eram 15:30h pois a estrada não estava muito movimentada e a Serra do Cafezal, único trecho da Régis Bitencourt que ainda não está duplicado, tinha poucos caminhões e subi a 80  90 km/h. A única coisa que incomodou foi o calor, antes de subir a serra, em Registro, fazia 36º C e eu estava com roupa grossa pois quando saí de Curitiba o clima estava agradável.  

A Tania e a Tatiana (esposa e filha do Emerson, meu amigão) me receberam , depois a Tatiana saiu e eu e Tania ficamos conversando até perto das 3 horas da manhã, eita prosa boa!.

13 de abril de São Paulo até Brasília (fim da aventura)

Como fui dormir tarde não consegui acordar muito cedo, mas mesmo assim, às 10:30h já estava entrando na Rodovia dos Bandeirantes, mesmo contrariado, pois sabia que seria o último dia da viagem, toquei forte já que seriam 1.000 km para rodar no dia.


O dia estava agradável, a medida que se aproxima de Ribeirão Preto a temperatura sobe, o que é normal. Até Uberaba/MG o dia se manteve claro e quente, temperatura na casa dos 32º C. Quando virei na direção de Uberlândia o tempo fechou feio.

Foi água até umas horas, rsss.

Parei num posto de gasolina, coloquei a roupa de chuva e 7 km depois estava no meio de um temporal e a temperatura havia caído para os 20º C, haja resistência. Andei uns 19 km no meio da maior chuvarada, mas depois foi passando, passando, até que parou.

Cheguei em Catalão/GO já era noite, descansei um pouco, e triste, voltei para a estrada. O processo de nacionalização dos componentes da GS800, mostrou a fragilidade da indústria nacional e o controle no guidão deu sinais de falha no acionamento da luz alta, desde a Argentina o interruptor do computador de bordo estava emperrando, é preciso dar uns tapas para ele voltar, aff. Prá resumir a luz alta não funcionou o resto da viagem e imaginem, como a luz baixa é forte os carros no sentido contrário cortavam luz para indicar que estavam de luz baixa, como eu não conseguia mostrar que estava com luz baixa, uma vez que a luz alta não estava funcionando, eles colocavam luz alta na minha cara e eu não podia fazer nada, a não ser baixar a velocidade e aguentar aquela luz forte nos olhos.

Cheguei em casa eram um pouco mais de 22:30h cansado, triste porque a festa acabou, mas feliz por ter rodado mais de 14.300 km e não ter acontecido nada trágico.

Cheguei, são e salvo. 

Como não consegui fazer toda a Carretera Austral, pois a quilometragem para fazer a revisão e manter a garantia da moto me atrapalhou, e não consegui ver as torres no Parque Nacional Torres del Paine, devo voltar lá no ano vem. Ainda não está definido, até porque o Diego me chamou para irmos até Bogotá na Colombia, mas estou mais inclinado a voltar no sul, vamos ver.

Bem amigos, a festa acabou, agora é trabalhar e esperar as férias do ano que vem, até porque este ano tem muitos poucos feriados em dias de semana.

Obrigado a todos pelo carinho, e pelas demonstrações de apoio que recebi por aqui e pelo face book, e até a próxima.

Fui!

2 comentários:

  1. Show de bola, qual balanço tu pode fazer em relação a viajar com a boulevard e a f800. Pros e contras. Abraço. ...

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    1. Éderson, viajar de boulevard talvez seja mais confortável, mas com a f800 eu vou a qualquer lugar, qualquer, já na boulevard não consigo sair do asfalto, qualquer estrada de chão, por melhor que seja já representa uma ameaça.

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