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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

03 de fevereiro - a caminho de Belem V


O domingo despertou com muita chuva e um vento muito forte, a grande apreensão dos passageiros era a passagem pela baia, sim porque a baia próxima a ilha de Marajó, sofre influência direta do mar, e se a maré estivesse enchendo seria bem complicado, e assim foi. 


A monotonia de quando em vez era quebrada por alguma coisa nova, hoje foram as gaivotas que voavam atras do barco, segundo um passageiro elas andam ali porque os peixes pequenos são sugados pelas hélices do barco e depois meio atordoados boiam e são devorados pelas gaivotas, que dão mergulhos radicais para captura-los.


Em um determinado momento um marujo recomendou que todos fossemos para o andar de baixo pois o barco ia bater muito com as ondas. Depois parece que todos se esqueceram, ou se acostumaram e a vida no barco voltou a normalidade. Mais tarde o sol apareceu e eu aproveitei para mudar o meu bronzeado palmito, rssss. 
A tardinha, acho que por já estar acostumado com o barulho dos motores descansei na rede por mais de duas horas, acordei refeito e pronto para chegar a Belem.
Quando chegamos já passava das 9 da noite e todos estavam ansiosos para desembarcar, assim que o barco atracou e liberou a saída, pareciam fugitivos, era gente com mala nas costas correndo, outros gritando. Sabem quando se abre a porteira e solta a manada no pasto, não, acho que foi pior, rsss.
Eu e o Eliseu tiramos as motos do barco, mas o píer flutuante tinha um desnível de uns 2 metros para o cais, ai foi bronca. Eu consegui, subir minha moto pela escada, mas a GS 1200 do Eliseu é muito larga e eles tiveram que improvisar uma rampa, além de subir na força, no braço, mais ou menos um meio metro, foi difícil. 
Resolvido o problema, fomos em busca de um hotel, estávamos loucos por uma cama boa e um bom banho, para seguir viagem no outro dia. 

Pelo tamanho do cidadão em sua canoa pode-se ter uma idéia da dimensão da floresta. 
Meus amigos, a viagem de barco terminou, e acho que esse percurso não farei outras vezes, muito cansativo, em alguns momentos me senti até um detento. 
Agora é voltar a pilotar e fazer meu próprio caminho, com sol sou chuva, com calor ou frio. Serão quase 2.100 km até Recife e mais 2.200 km até Brasília, estes números soam como uma sinfonia para mim. Yesss!

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