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domingo, 6 de janeiro de 2013

Um Tributo a Wanda 2 e 3 de janeiro

Olá pessoal!

Pela indescritível beleza dos Andes, pela força destas montanhas e por suas emocionantes estradas, dedico este post a memória de minha amada Wanda.

Saí de Cuzco no dia 2 de manhã, por volta das 10:00 h (levei mais de meia hora para encontrar a saída, rsss). Meus planos eram de chegar a Ayacucho, uns 520 km ao norte, cruzando as montanhas. Não tive sucesso, pois além de ter uns 80 km de estrada de terra, cheguei a ter enjôo de tanta curva que tinha na estrada (brincadeira, mas a parte das curvas é verdade). Passei o dia todo subindo e descendo montanha, e claro fazendo curvas. Consegui andar 400 km e cheguei a Uripa ao anoitecer, extasiado de tanta beleza, sujo, cansado, mas feliz. Embora estivesse com Naomi, que é quem me leva com muita suavidade a qualquer buraco que queira ir, só conseguia pensar na Wanda, minha grande parceira.


Observem que nas fotos se podem ver muitos eucaliptos, que segundo os locais, foram introduzidos na região, sendo trazidos da Ásia. Se pensarmos como deve ter sido interessante, ter a possibilidade de levar flora de uma parte do mundo para outra, chegamos a conclusão que eram experiências fascinantes. Hoje isso não me parece mais possível, então devemos nos contentar com a internet, a nossa atual janela para o mundo, e como observadores passivos olhar sem tocar.


Estrada de terra e montanhas. Quimica melhor?  Nem caipirinha de stolichnaya com morango rssss.

No dia 3 entrei mais cedo na estrada, por volta das 8:30h queria chegar a Lima passando por Pisco, esse era o plano. Para minha surpresa 10 km adiante, literalmente acabou o asfalto, a estrada. Explico, eles estão arrumando a estrada para asfaltar, e nesse processo tem que cortar ponta de morro, aterrar determinados pontos. Era caminhão, retroescavadeiras, pás carregadeiras, barro, lama, pedra e os cambáus, rss. Foram outros 80 difíceis kilometros, levei mais de 4 horas para completa-los e chegar ao asfalto de novo. Depois muita curva, cumes de montanhas nas alturas, frio, choviscos e até um pouco de granizo, pequeno é verdade.
Consegui chegar a Pisco por volta das 9 da noite, e Lima, nem pensar. Então me hospedei no Hotel Regency Plaza, na praça central de Pisco, e aproveitei a boa ducha e a boa cama, claro que havia chegado, cansado, sujo, mas de novo feliz, rsss.

Logo adiante a estrada virou um caus, mas eu e Naomi nos divertimos muito.

Iiiiih, olha eu aí, mais feliz que pinto no lixo, kkkkkkkk

Frio, muito frio, mas muito bom!


Quando já estava baixando dos Andes, para o deserto próximo do litoral, eu fui brindado com este magnífico por do sol, como não se sentir feliz, tendo o privilégio de se fazer o que gosta num cenário destes?
Viajando um pouco: A felicidade vicía, as vezes parece com bebida alcoólica, as vezes se tem tanta que no dia seguinte tem-se uma ressaca, ficando por alguns instantes triste. E aí me pergunto: Como vou ter vontade de voltar a uma vida normal, de casa-trabalho-casa? Bem feito para mim, não sei ganhar dinheiro fazendo o que mais gosto, hahahaha.

Abraços, e até breve!

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